Control+c/Control+v de um trecho de um e-mail que recebi através da lista do NECINE, sobre a premiação na categoria ficção do Festival Curta Criativo da Firjan:
"(...) gostaria de manifestar minha indignação em relação à categoria de ficção. Não fui prejudicado diretamente pela premiação, pois meu curta era um documentário, mas acho que, como um estudante de cinema e possível participante de outros concursos, tanto da Firjan como de qualquer outra instituição, tenho o dever de me pronunciar para que tal situação não se repita.
Não sei se todos sabem aqui o que ocorreu. Alias, basicamente, o que não ocorreu: não foi premiado nenhum filme da categoria de ficção. Qual a razão? Não foi dada nenhuma justificativa oficial. A única informação que obtive, foi a de um funcionário da Firjan, de cargo desconhecido, que nos disse que o júri não considerou nenhum filme de ficção digno de um prêmio, pois a qualidade era muito ruim, e que isso era um problema da produção universitária em geral. Tal informação é extremamente bizarra! Não foi estabelecido que os filmes devessem possuir uma condição mínima de qualidade, e sim que concorreriam entre si para se escolher o melhor. Entre os horríveis (se é que são realmente horríveis), algum filme tem que se destacar (o ruim é melhor que o péssimo!). E não é somente isso, conheço pelo menos 4 pessoas que se inscreveram nessa categoria, e todas elas receberam um e-mail dizendo que foram pré selecionada para o prêmio.
Isso mesmo, pré selecionadas para o prêmio que não existe (é muito contraditório um filme estar e não estar apto para ganhar um prêmio).
Além disso, um concurso que tem como proposta incentivar o cinema brasileiro não incentiva muito a atividade dizendo que ninguém é digno de um prêmio (é uma situação até humilhante, me sentiria mal se tivesse um filme que dissessem isso).
Na tentativa de resolver o problema, e tentar ser mais simpática, a Firjan premiou um filme de celular na categoria de ficção. Essa decisão é o mesma que se, no jogo da Libertadores de hoje, entre o Fluminense e o Boca Juniors, o juiz decidisse que o Corinthians deve ganhar o jogo, porque nenhum dos dois jogou bem (eu sei que os dois são timaços e esse exemplo é bem ficcional!).
Realmente achei muito bizarro tudo isso e estou revoltado com todo o ocorrido. Por isso, acho que devemos discutir mais a fundo o tema, e que todo estudante de cinema se manifeste, escreva nos jornais, denuncie, conte aos amigos e fale com outras pessoas de outra universidades. Isso não pode se repetir! Dessa vez já aconteceu, mas das próximas não podemos deixar acontecer, senão nenhum concurso poderá ser levado a sério, os editais serão nada mais que uma palhaçada. Edital é documento, e o que a Firjan fez foi ILEGAL!!!
Escreverei para a sessão de cartas do O Globo hoje mesmo, apesar de acreditar que o assunto não os interesse muito. Se não for publicado, escreverei para a Megazine, pois acho que o tema possui maior relação com esse caderno.
Espero o mesmo de vocês!
Um Abraço
João Pedro Géo de Siqueira Martelletto"
Como comentário outro control+c/control+v, agora das palavras de um amigo sobre o assunto:
"Concursos têm que ter vencedores. Dos podres, o menos fedorento."
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2 comentários:
E os 10 mil do prêmio, pra onde foram?
Essa resposta deve ser, no mínimo, interessante...
Bom... Acredito que o "vencedor" deve ter ganho o prémio. Agora a pergunta é pra onde foi os 8 mil da premiação para o segundo colocado. Afinal, segundo o site do festival "a Comissão Julgadora decidiu escolher um curta de celular para ser o vencedor desta categoria por ausência de criatividade - principal item de julgamento - dos filmes apresentados como candidatos de ficção, optando por não premiar segundo lugar."
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